4. O Rebelde
As pessoas têm muito medo daqueles que conhecem a si mesmos.
Estes têm um certo poder, uma certa aura e um certo magnetismo, um carisma capaz de libertar os jovens, ainda cheios de vida, do aprisionamento tradicional...
O homem iluminado não pode ser escravizado ― este é o problema ― e não pode ser feito prisioneiro...
Todo gênio que tenha conhecido um pouco do seu íntimo está fadado a ser um pouco difícil de ser absorvido: ele deverá ser uma força perturbadora.
As massas não querem ser perturbadas, ainda que se encontrem na miséria; estão na miséria, mas estão acostumadas com isso, e qualquer um que não seja um miserável parece um estranho.
O homem iluminado é o maior forasteiro do mundo; ele parece não pertencer a ninguém.
Nenhuma organização consegue confiná-lo, nenhuma comunidade, nenhuma sociedade, nenhuma nação.
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Samantha, taróloga