13. Transformação
Um mestre de Zen não é simplesmente um professor.
Em todas as religiões, há apenas professores.
Eles ensinam a respeito de assuntos que você não conhece, e lhe pedem para acreditar no que dizem, porque não há jeito de transformar essa experiência em realidade objetiva.
O professor tampouco as vivenciou ― ele acreditou nelas, e transmite a sua crença para outras pessoas.
O Zen não é o mundo do crente.
Não é para fiéis; o Zen é destinado àquelas almas ousadas que são capazes de desfazer-se de toda crença, descrença, dúvida, razão, mente, e mergulhar simplesmente na sua existência pura, sem fronteiras.
Ele traz, porém, uma transformação tremenda.
Permitam-me, portanto, dizer que, enquanto outros caminhos estão envolvidos com filosofias, o Zen está envolvido com metamorfose, com uma transformação.
Trata-se de uma alquimia autêntica: o Zen transforma você de metal comum em ouro.
Mas a sua linguagem precisa ser entendida, não com o seu raciocínio e o seu intelecto, mas com o seu coração amoroso.
Ou até mesmo simplesmente escutar, sem se importar se é verdade ou não.
Um momento chega, repentinamente, em que você enxerga aquilo que não percebeu a vida inteira.
De repente, abre-se aquilo que o Buda Gautama denominou “oitenta e quatro mil portas”.
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Samantha, taróloga
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